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Projeto de Parceria Associação Doce Futuro e Fatec Marília traz a meliponicultura para dentro da sala de aula

A prática de criação das abelhas nativas sem ferrão é conhecida como meliponicultura, e tem sido difundida desde a criação pelos povos indígenas até atualmente por pequenos e médios produtores. Como exemplo desse manejo, o […]

27 de março de 2024 3:06 pm Destaque, Notícias

A prática de criação das abelhas nativas sem ferrão é conhecida como meliponicultura, e tem sido difundida desde a criação pelos povos indígenas até atualmente por pequenos e médios produtores. Como exemplo desse manejo, o Projeto Doce Futuro, localizado na região de Padre Nóbrega, distrito da cidade de Marília, conta com ambientalistas conservacionistas voluntários, Johny Thiago Santana e Fernando Garcia, que têm como objetivos realizar a reintrodução dessas abelhas nativas na região, visando a preservação ambiental e polinização de plantas, capazes de evitar a extinção de algumas espécies de plantas frutíferas. Esse repovoamento ocorre por meio de caixas racionais, no primeiro meliponário público da cidade de Marília, cujo objetivo maior é auxiliar o desenvolvimento das colônias.


De 61 espécies conhecidas no estado de São Paulo, o meliponário já conta com 21 espécies que compõem o meliponário didático, identificadas pelos ambientalistas, o qual será utilizado para a aplicação dos conceitos de sustentabilidade e educação social.
Embora as abelhas nativas produzam menor quantidade de mel, quando comparado com as abelhas com ferrão (Apis melífera), o mel das primeiras é diferenciado, apresentando maior doçura e aroma inigualáveis, além de compostos bioativos com atividades antioxidantes e biológicas até 45% maiores do que o mel de A. melífera.

Desta forma, professores pesquisadores da Fatec Marília e alunos do curso de Graduação Tecnologia em Alimentos, orientados pela Profa. Dra. Flavia Farinazzi Machado, estão conduzindo análises físicas, químicas e microbiológicas nas dependências dos laboratórios da unidade de ensino, em amostras de méis e pólen (pesquisando nutrientes, compostos bioativos e qualidade microbiológica) coletados no meliponário, além de auxiliar no repovoamento de abelhas nativas sem ferrão e no manejo do meliponário.

Até o momento as atividades deste projeto proporcionaram à equipe envolvida: maior aprendizado sobre o meliponário e suas espécies vegetais, sobre as características das abelhas nativas sem ferrão, além da sua preservação e importância ambiental, e sobre a qualidade físico-química e microbiológica do mel. As ações contribuíram ainda com o envolvimento dos alunos do curso de Tecnologia em Alimentos no meliponário didático que está sendo utilizado como ferramenta de educação social, e na pesquisa cientifica através da publicação de artigos em periódicos internacionais, destaca Flávia Machado.


De acordo com Cláudia Nicolau, Diretora da Fatec Marília, por iniciativa do Conselho de Turismo (COMTUR) de Marília-SP, o projeto Doce Futuro e Agrofloresta, que aloja o meliponário, foi englobado pela Estação de Estudos Ambientais e Sustentabilidade do Distrito de Padre Nóbrega, em Marília (Projeto de Lei nº 92/2023). Dentro desta Estação, este projeto representa a Fatec Marília como instituição de pesquisa tendo como parceiros, além do Projeto Doce Futuro, também o Sítio Olho D’Água, aparelho turístico pedagógico (parceiro da Fatec Marília deste e de outros projetos em projetos de café, cafeicultura, apicultura e meliponicultora, plantas alimentícias não convencionais e educação não-formal), além do próprio COMTUR.

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